Para lembrar os cinco anos do atropelamento coletivo ocorrido em Porto Alegre, ciclistas de Santa Maria concentraram-se na Praça Saldanha Marinho no final da tarde desta sexta-feira. Depois, saíram em pedalada por algumas ruas da cidade.
Em 25 de fevereiro de 2011, pelo menos 17 ciclistas feriram-se após o atropelamento no bairro Cidade Baixa, na Capital. Eles participavam de um encontro mensal organizado pelo Massa Crítica. O causador do acidente, o bancário Ricardo José Neis, havia ficado irritado por ter a passagem bloqueada pelo grupo e avançou com o carro para cima dos ciclistas. Ele fugiu do local. Neis chegou a ser preso por pouco mais de um mês, mas responde processo em liberdade. Ele irá para júri popular, que deve ter a data marcada somente em abril.
Além de marcar a data, a manifestação de Santa Maria cobrou mais respeito no trânsito.
Os carros quase passam por cima de quem está de bicicleta, ficam acelerando atrás da gente comentou a professora de Educação Infantil, Taíris Veiga, 25 anos.
Organizador da manifestação em Santa Maria, Anderson Oliveira, 24, esperava a participação de cerca de 60 ciclistas. Eles confirmaram presença pela Facebook, onde o evento foi criado. O grupo percorreria a Rua do Acampamento, a Avenida Medianeira, pararia em frente à Basílica Medianeira, seguiria pela Rua Visconde de Pelotas e encerraria a manifestação na Avenida Presidente Vargas, na Praça da Locomotiva.
Integrante do grupo CamoBikers, Angela Jamila, 48, levou os filhos Pedro, 16, e Dante, 11, para a manifestação. Ciclista há sete anos, ela costuma pedalar no caminho para Arroio Grande.
É complicado pedalar lá, não tem acostamento. A gente anda em fila indiana. Ontem mesmo (quinta) quase fui atropelada diz Angela.